Archive for the 'filosofia barata' Category

Filtro Solar by Rafinha Bastos

Filtro Solar, o vídeo motivacional mais conhecido da internet, que teve sua versão em português narrada por Pedro Bial (e gerou um livro e um CD!) agora tem uma versão escrachada feita por Rafinha Bastos… eu esperava que fosse mais engraçado, mas, ainda assim, é interessante de se ver… ;^)

Conectado em tudo… será?

Sei que há alguns posts atrás tinha falado mal do Twitter… pois é… fiz o cadastro por lá! hahahah

Ainda acho um serviço um bocado supérfluo, mas até que não é de todo ruim… é uma chance de compartilhar pensamentos, videos, coisas interessantes… quem quiser, é só me seguir em @cronyco.

Voltei também com o fotolog… tudo sem compromisso algum com a assiduidade dos posts. Senti falta de postar no fotolog porque bem ou mal ele registrava em fotos e texto momentos da minha vida que gosto de relembrar, pro bem ou pro mal… por isso voltei a postar por lá…

No blog vou continuar postando textos meus, coisas interessantes que vi na net… enfim…

e assim vamos caminhando, conectados em tudo, mas distantes uns dos outros… é a sensação que tenho, muitas vezes…

um abraço!

Das Vantagens de Ser Bobo – Clarice Lispector

Deixo vocês com um lindo texto de Clarice Lispector, narrado por Aracy Balabanian. Com certeza sou um bobo!

E você?

O Tempo que passa….

O Tempo está passando cada vez mais rápido, ele já não corre, voa, passeia por nós e não conosco. Passa e diz: “Oi! Como foi seu passado?” e você mal percebe que o que era presente, já não é mais, se foi. Já não há uma clara divisão entre passado-presente-futuro. Tudo acontece ao mesmo tempo no mesmo tempo. “Eu te contei aquela história? Juro que já tinha falado!”, “Será que aconteceu ou foi sonho?”… deixo vocês com um MA-RA-VI-LHO-SO poema da Viviane Mosé e dois vídeos que demonstram a passagem acelerada do implacável tempo!

acho que a vida anda passando a mão em mim
a vida anda passando a mão em mim
acho que a vida anda passando
a vida anda passando
acho que a vida anda
a vida anda em mim
acho que há vida em mim
a vida em mim anda passando
acho que a vida anda passando a mão em mim

e por falar em sexo quem anda me comendo
é o tempo
na verdade faz tempo mas eu escondia
porque ele me pegava à força e por trás

um dia resolvi encará-lo de frente e disse: tempo
se você tem que me comer
que seja com o meu consentimento
e me olhando nos olhos

acho que ganhei o tempo
de lá pra cá ele tem sido bom comigo
dizem que ando até remoçando

Do livro Pensamento do Chão, de Viviane Mosé.
Um outro vídeo pra quem se interessar, são algumas imagens aceleradas do apodrecimento de uma maçã, de uma aurora boreal, plantas crescendo… enfim:

http://xpock.tv/play.php?vid=211

Aproveitem, antes que o tempo passe!

O Que é Culti?

Escrevi um texto sobre a minha visão de cultura e o reflexo dela nas postagens do meu blogs. Deixei num tab separado pra ficar pra sempre, mas vou postar aqui também. Segue o texto:

Há um tempo me contaram por alto a história de um homem que desejava possuir o conhecimento de todas as coisas do mundo, ou seja, a onisciência. Esse homem então havia feito um pacto com o Diabo para conseguir o que tanto almejava. Depois de um tempo eu vim a saber que essa era a história de Fausto, claro, superficialmente falando.

A história é bem mais complexa, mas a existência, ainda que literária, de um homem que almejava o saber infinito me fez ver que eu não estava sozinho em meu sonho utópico e megalomaníaco (claro que a parte do pacto a gente descarta). Sim, eu também desejo – inclusive busco, dia após dia – a onisciência. Sei que isso não é possível, obviamente, mas eu tento, juro que tento! Leio tudo que posso, vejo tudo o que é posto a minha frente e tento absorver algo de tudo que passa pela minha vida.

Mas talvez você esteja se perguntando: “o que isso tem a ver com a pergunta ‘o que é culti?’. Respondo: Para mim, tudo é culti, tudo é cultura.

Há diversas definições para a palavra cultura. Se você se der o trabalho de procurar, vai encontrar diversas opiniões. Para alguns cultura é o conhecimento que os mais velhos passam aos mais novos com vistas a perpetuar uma certa característica daquela comunidade, como por exemplo a cultura indígena.  A definição  que mais me agrada é a de cultura como sendo, basicamente, tudo aquilo que não é comportamento natural. Portanto as leis são culturais, as regras de trânsito, a monogamia, as maneiras de se comportar etc. Eu vou além, para mim a cultura é toda  bagagem de informações e experiências vividas que você acumula durante a vida. Com isso estou querendo dizer também que não há uma cultura melhor  que outra. Não há a boa cultura e a má, há apenas uma. O julgamento de valor é extremamente cultural.

E o que isso quer dizer? Quer dizer que funk para mim é tão cultural quanto Mozart. Que Paulo Coelho é cultura! E Saramago também! Tudo é válido. Há quem diga que devemos apenas escutar boas músicas e ler bons livros, afinal o mundo está cheio de lixo. Pode até ser verdade, mas como saber o que é uma boa música ou um bom livro? Só porque alguém, teoricamente mais capacitado do que eu, disse que é bom, eu tenho de concordar? Acredito que não. Cria-se uma ideologia em relação a certas manifestações culturais. Pop, funk, sertanejo, forró, Paulo Coelho, best-sellers em geral, livros de autoajuda, comédias de Hollywood, novelas… é tudo um lixo cultural feito para emburrecer as massas que o consomem. Você compartilha desta idéia? Tudo bem, você tem este direito, eu inclusive não suporto certos tipos de música e certos escritores. O que combato aqui é o estigma criado em relação ao gosto das pessoas. Por que uma pessoa que ouve funk ou ama Madonna aparentemente não pode ter o mesmo nível intelectual de alguém que ama jazz e já leu toda a obra de Proust? Por que o leitor de Proust não deve gostar de Sidney Sheldon? Os estigmas podem até ser válidos para a maioria, mas por que vê-los como uma verdade irrefutável? Faço essas perguntas pois eu mesmo já me vi embasado nestas ideologias, e digo: já caí do cavalo muitas vezes.

Então não ache que pelo nome do blog ser Culti irei falar SOMENTE de coisas ditas cult. Ser culto não significa apenas ler os clássicos, ver os filmes de pouca bilheteria ou escutar músicas que não fazem parte do mainstream. Acredito numa cultura maior que qualquer julgamento de valor e continuarei sempre buscando por ela, perseguindo minha vã onisciência, até o dia em que não puder mais.

Obrigado.

Tá… agora pode criticar! :^D

A diferença entre dirigir a si mesmo e ser dirigido por outro diretor é a mesma diferença que existe entre se masturbar e fazer amor. – Warren Beatty

Será? Eu acredito que não. Somente uma mulher… ou um homem (vai saber) muito passivos para realmente deixarem outra pessoa dirigindo única e exclusivamente o ato de amor.

Eu diria que se dirigir a si mesmo é como se masturbar, fazer amor, talvez fosse como  escrever o roteiro e dar (com trocadilho, se quiser) para alguém dirigi-lo. Diretor sem roteiro, não faz filme, e vice-versa.

E você, o que acha?


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